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A Caramelle Lu começou com R$10. Sim, dez reais!

Mas, não posso te contar isso sem antes contar um pouco de mim...
 

Oi, meu nome é Luiza Amorelli e eu sou completamente apaixonada por doces e, pelo visto, a alma empreendedora sempre esteve por aqui.

Desde muito pequena sempre quis ter, digamos que, minha autonomia financeira. Quando era criança, todo verão ia com a família para a região dos lagos. Quando estava por lá, minha mãe (muito consciente) não deixava que comprássemos picolé todo dia e isso não entrava na minha cabeça. Afinal, verão e sorvete tem tuudo a ver!


Eis que, aos 7 anos, cansada de ter que pedir dinheiro pra comprar meus picolés, peguei umas pulseiras de miçanga que eu fazia com a minha prima e falei “vou bater de porta em porta no condomínio pra vender pulseira.”
Fui, andei, andei, andei e consegui dinheiro suficiente pra comprar picolé por dois dias (minha mãe achando que eu estava na pracinha da esquina de casa rs). No dia seguinte, passei o dia fazendo mais pulseiras, e lá fui eu de novo ganhar dinheiro pra mais um picolé.

Desde esse dia, parece que o bichinho do “quero meu dinheiro” me mordeu e tudo que era oportunidade de vender, eu tava vendendo. Vendi um brinquedo (que eu tinha acabado de ganhar) pra uma amiga que queria muito um igual. Vendi limonada na porta de casa igual nos filmes americanos. Vendi mais pulseirinhas de miçanga. Enfim... quando descobriu, minha família achou fofo, mas disseram que criança não podia trabalhar. Eu tentei explicar que não era trabalho, porque eu não era obrigada a fazer aquilo, fazia porque gostava, mas... adultos né, não entendem nada hahaha

Alguns anos depois... trabalhei em loja, em eventos, em congressos até que começaram minhas aulas na faculdade e eu não tinha tempo pra mais nada.Passei um bom tempo me dedicando integralmente à Nutrição.

Um belo dia minha mãe viajou e achou que seria prudente deixar o carro comigo “para emergências” kkk. Pois é, não foi prudente. Eu saí uma vez com o carro e arranhei a lateral dele na pilastra. Como eu estava me dedicando integralmente a faculdade, não tinha 1 real pra pagar o conserto do carro.


Fiz um orçamento. Peguei R$10 emprestados com a minha avó, fui ao mercado e comprei leite condensado, Nescau e biscoito maisena (sim, naquela época era possível comprar isso tudo com R$10). Com o orçamento em mãos, eu sabia o quanto eu precisava vender de palha italiana pra pagar o conserto. Fui, fiz a palha italiana, vendi, paguei o empréstimo que fiz, e reinvesti em insumos. Fui produzindo e vendendo até atingir a meta. Quando atingi a meta eu comi as palha italianas que sobraram (eu já falei que gosto muito de doce né?)


Depois disso, apesar de muita insistência dos amigos-clientes, fiquei um bom tempo sem vender nada porque a faculdade realmente tomava muito meu tempo.

Mas até esse momento, eu só vendia mesmo para quem perguntava. E fiquei um longo ano assim... Não tinha marca, não tinha rede social, não divulgava. Até que, no dia 17/05/2015, uma amiga chegou e disse “já tá na hora de você vender de verdade. Toma aqui, essas são suas opções de nome, essas são suas opções de logo e aqui está seu Instagram. Faça bom uso!”.
 

E assim nasceu a Caramelle Lu: meu sonho de vida, desde pequenininha. Eu só não sabia ainda

No ano seguinte, pegamos uma greve enorme, próximo ao período de Páscoa. Entediada em casa, decidi fazer Ovos de Colher para presentear minha família. Eu tava com taaanto tempo livre que até coelhinho de feltro pra enfeitar a embalagem eu cortei, costurei e pintei.
Como minha família é muito grande, fiz pão de mel para complementar o presente. Foi sucesso absoluto! Todo almoço de domingo eu era obrigada a levar pão de mel. Depois disso, amigos começaram a pedir o tal pão de mel. Depois os amigos da faculdade. E aí vieram os amigos de amigos. E aí amigos de amigos de amigos. E começaram as perguntas “mas você faz docinho também? E brownie? E bolo?” e, claro, disse sim para tudo. 

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